segunda-feira, 23 de maio de 2011

CNE propõe emendas ao novo Plano Nacional de Educação

CNE propõe emendas ao novo Plano Nacional de Educação

Após dois dias de discussão em um seminário que reuniu mais de 30 entidades, o Conselho Nacional de Educação (CNE) apresentou documento que propõe dez emendas ao projeto de lei que criará o novo Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação na Câmara. Uma das alterações que será sugerida é o aumento da meta do investimento público em educação de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) – patamar estipulado pelo Ministério da Educação (MEC) – para 10%.

O texto apresentado pelo MEC reúne 20 metas que deverão guiar as ações dos governos municipais, estaduais e federal até 2020. Entre elas estão a ampliação de matrículas na educação infantil e no ensino superior e medidas de valorização do magistério. Diversas entidades da área já se mobilizaram para apresentar emendas ao projeto.

“Consideramos de imediato que ele é um bom plano. O projeto do Executivo é muito melhor do que o anterior, no entanto podemos aperfeiçoá-lo”, afirmou o presidente do CNE, Francisco Aparecido Cordão.

O PNE anterior, que vigorou de 2001 a 2010, continha mais de 295 metas e boa parte não foi cumprida. Àquela época, o plano estabeleceu um investimento mínimo de 7% do PIB em educação, mas o item foi vetado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

O CNE avalia que é preciso ampliar, e não repetir a meta proposta há dez anos. A sugestão do colegiado é que se atinja o patamar de 7% do PIB até 2014, até chegar a 10% em 2020. Atualmente o Brasil aplica cerca de 5% do PIB na área. “Todas as entidades presentes no seminário consideraram esse princípio como fundamental”, ressaltou Cordão.

O conselho também quer metas mais ousadas de acesso à educação integral e a outras etapas de ensino. Enquanto a proposta do MEC é que 50% das escolas públicas de educação básica ofereçam a jornada ampliada até 2020, o CNE vai defender, via emenda, que esse patamar seja elevado para 80%.

O CNE também faz algumas recomendações em relação à redação do plano. Uma delas é que as metas ou estratégias de ação não se refiram a programas específicos de governos e pede que a tramitação do projeto no Congresso Nacional não passe de 2011. Atualmente a matéria está sendo analisada por uma comissão especial na Câmara. A previsão dos deputados que compõem o grupo é que a aprovação na Casa se dê no último trimestre do ano. Depois disso, o texto segue para o Senado.

“A educação é uma questão urgente e precisamos torná-la prioritária. Se o plano não for aprovado este ano teremos sérias consequências. Ele prevê, por exemplo, que os estados e municípios elaborem seus próprios planos no prazo de um ano após a aprovação do PNE, ou seja, seria só em 2013 [caso a tramitação seja concluída só ano que vem. Quanto mais demora, pior fica”, disse o presidente do CNE.

Fonte: Agência Brasil

Queremos 10% do PIB e 50% do Pré-sal para a educação”

Queremos 10% do PIB e 50% do Pré-sal para a educação” PDF Imprimir E-mail
19-05-2011
Secretária da CNTE apresenta emendas para o PNE

Foto: Renato Alves A secretária geral da CNTE, professora Marta Vanelli, participou hoje do Seminário sobre o Plano Nacional de Educação 2011/2020, realizado no Conselho Nacional de Educação, em Brasília. O evento, que acontece hoje e amanhã, reuniu representantes da educação, como João de Oliveira, da ANPED (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação); Madalena Peixoto, da CONTEE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino); Aldo Vannucchi, da ABRUC (Associação Brasileira das Universidades Comunitárias) e Salomão Ximenes, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Foto: Renato Alves Em seu discurso, Marta Vanelli afirmou que apenas fazer o PNE não é suficiente e que é preciso consolidá-lo. “Temos que discutir o PNE, mas não podemos esquecer que o Brasil não fez a tarefa de casa em relação à educação básica”, destacou. Ela também apresentou emendas aditivas e substitutivas ao texto do PNE, como o que inclui na meta 3 a relação aluno/professor na avaliação do custo-aluno-qualidade (caq), e ressaltou as exigências em relação ao financiamento para a educação pública. “Até 2016, 10% do PIB e a exigência dos 50% dos recursos do pré-sal para a educação”, finalizou.

Durante o Seminário, foi distribuída a mais recente publicação da CNTE, o Cadernos da Educação nº 24, com textos elaborados a partir do Seminário sobre o PNE: perspectivas, desafios e emendas dos (as) trabalhadores (as) em educação. (CNTE, 19/05/11)
 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vídeo com desabafo de professora ganha a internet

Na gravação, feita durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, a professora Amanda Gurgel reclama da má qualidade do ensino, do baixo salário e das condições de trabalho.

 

No vídeo de oito minutos e meio, Amanda fala da má qualidade do ensino público, reclama da baixa remuneração dos professores e denuncia as condições de trabalho. “Gostaria de sintetizar nossas angústias. As pessoas sempre que vêm aqui ao palanque apresentam números e dizem que eles são irrefutáveis. Pois eu vou apresentar um número de três algarismos apenas, bem diferente dos apresentados aqui, com tantos algarismos. É o número do meu salário, formado por 9, 3, 0”, afirmou a professora, arrancando aplausos do público, formado por deputados e membros da categoria.



Publicado em 20/05/2011, às 00h00

Do JC Online


Planos locais de educação: é preciso iniciar os debates

Com relação ao piso salarial do magistério, a CNTE informa que o STF ainda não publicou o acórdão do julgamento de mérito da ADI 4.167. Contudo, as atas das duas sessões de julgamento já foram disponibilizadas, e as mesmas são suficientes para exigir dos gestores o imediato cumprimento das decisões que vinculam o piso nacional aos vencimentos iniciais das carreiras e 1/3 (um terço) da jornada do/a professor/a à hora-aula atividade.



Site CNTE

terça-feira, 17 de maio de 2011

Educação: Melhor remédio para superar a desigualdade

Educação: o melhor remédio para superar a desigualdade PDF Imprimir E-mail
11-05-2011
Semana passada, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou uma pesquisa revelando que a desigualdade no país retomou os patamares de 1960. Em 2010, o Brasil alcançou o menor índice de sua história - 0,5304 na escala de Gini, que é utilizada para medir a concentração de renda na sociedade. E, apesar da importância dos programas de transferência de renda (Bolsa Família, Salário Mínimo, Aposentadorias etc), a educação foi a principal política pública responsável pelo feito.
O presente estudo corrobora outra pesquisa, do IPEA, que recentemente apontou a educação como tendo a melhor taxa de retorno entre as políticas públicas. Para cada R$ 1,00 investido na área, obtêm-se R$ 1,85 (quase o dobro!).
Apesar do significativo avanço na questão da desigualdade - em 8 anos (2002-2010) atingiu-se a Meta do Milênio da ONU prevista para 25 anos -, o Brasil continua sendo um país bastante desigual e, persistindo a atual velocidade de redução das diferenças entre rendas, somente em 30 anos será possível chegar ao atual patamar dos EUA - que nem figura entre as melhores nações nesse quesito, acentua-se.
Esta semana, o Congresso Nacional dará início às audiências públicas para debater o Plano Nacional de Educação. Amanhã (11), a Comissão Especial do PNE discutirá o tema “Qualidade da Educação”. O novo PNE deverá traçar as metas para a educação brasileira na próxima década. E nada mais oportuno do que realizar esse debate com base em dados estatísticos e sociais que ratificam a importância da educação como política de Estado estratégica para o desenvolvimento sustentável - para todos e todas.
Porém, na contramão das melhores perspectivas para o país, nesta mesma semana, programas jornalísticos mostraram o descaso de muitos gestores públicos para com a educação de qualidade. Desvios de dinheiro da merenda, superfaturamento de alimentos e de transporte escolar, além das inúmeras outras falcatruas que sabemos existir na administração das verbas educacionais, destoam do compromisso de desenvolvimento pujante e igualitário através da educação.
Sobre as denúncias, é preciso que a justiça puna - de imediato - e a sociedade bane - nas próximas eleições - os gestores corruptos da vida pública. Ao mesmo tempo, o Congresso Nacional deve ousar e aprovar um PNE compromissado com o país. É preciso empoderar a sociedade para fiscalizar amplamente os recursos da educação, que também precisam ser majorados para financiar metas que assegurem (enfim) a erradicação do analfabetismo, a universalização das matrículas e a qualidade da educação em todos os níveis, etapas e modalidades.
Como parte integrante do movimento social em defesa e promoção da educação pública de qualidade, a CNTE promove neste dia 11 de maio, em parceria com seus 41 sindicatos filiados em todo Brasil, uma paralisação nacional pelo cumprimento integral e imediato da lei do piso salarial profissional nacional do magistério e pela aprovação do PNE que o Brasil quer.
Todos/as à luta!
Matéria Folha de SP, 4/5/2011.

SÃO JOÃO DO SINTEPE

"O céu estava, assim em festa
Pois era noite de São João
Havia balões no ar
Xóte, baião no salão"
Luiz Gonzaga


A FESTA DE SÃO JOÃO DO SINTEPE SERÁ NO PÁTIO DE EVENTOS DE CARUARU NO DIA 17 DE JUNHO DE 2011.
ATRAÇÕES: DUAS BANDAS DE FORRÓ PÉ DE SERRA, PETRÚCIO AMORIM E BANDA LIMÃO COM MEL.


QUEM QUISER PARTICIPAR DEVE INSCREVER-SE ATÉ O DIA 03 DE JUNHO, NO NÚCLEO REGIONAL DO SINTEPE. (3822-1582)


SAÍDA DE ARCOVERDE: DIA 17/06/2011 ÀS 15:00h  NA PRAÇA DA BANDEIRA.




Para entrar no clima disponibilizamos abaixo, um video do cantor Petrúcio Amorim.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Mais de 30 mil trabalhadores em educação do Estado aderiram a paralisação nacional

Cerca de 90% das escolas da rede estadual de Pernambuco foram afetadas pela paralisação nacional desta quarta-feira (11).
Ao todo, mais de 30 mil trabalhadores em educação cruzaram os braços em defesa do pagamento integral do Magistério, e pela aprovação do Plano Nacional da Educação, cujo Projeto de Lei (PL 8.035/10) foi encaminhado aos parlamentares em dezembro do ano passado.
A suspensão das atividades na quarta-feira foi o ponto máximo da Semana de Mobilização pela Educação, articulada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e suas 41 entidades afiliadas.
Mais de 1,5 mil educadores de diversos estados participaram do ato público em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. O Sintepe enviou uma caravana com mais de 30 representantes para a capital federal.
Também foram realizadas visitas aos gabinetes dos parlamentares, uma reunião com o Ministro da Educação, Fernando Haddad, e uma audiência pública na Câmara dos Deputados com o tema qualidade da educação.
ESTADO - Além da paralisação, o dia 11 em Pernambuco foi marcado pela primeira rodada de negociação do governo com o Sintepe, pela manhã, na sede da Secretaria de Administração, no Bairro do Recife, onde foram discutidos os principais parâmetros que servirão de base para a construção de uma proposta que atenda as questões salariais da categoria.
À tarde, o sindicato promoveu uma mesa de diálogo sobre os planos nacional e estadual da educação e valorização dos seus profissionais, na Assembleia Legislativa (Alepe). O debate marcado inicalmente para o Plenarinho da Alepe teve de mudar para o auditório do sexto andar devido à grande procura do público.

Participaram da mesa o presidente do Sintepe, Heleno Araújo, o secretário de Educação do Estado, Anderson Gomes, o secretário de Educação de Nazaré da Mata e representante regional da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Aderito do Nascimento, a deputada estadualTeresa Leitão, o presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (UMES), Alisson Barbosa, e o integrante do Centro de Cultura Luiz Freire, Betinho.
Os debatedores comentaram sobre os rumos da educação pública brasileira, a atual situação do professor do Estado que recebe hoje o pior salário do país e a necessidade da aplicação integral do piso; as condições de trabalho e os problemas de infraestrutura que ainda são realidade na maioria da escolas públicas pernambucanas; a melhoria nos índices de desenvolvimento do de ensino, a valorização profissional e a destinação de recursos do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.

Leia mais: Governo ainda vai elaborar proposta para a educação.